sábado, 1 de setembro de 2012

Harry Potter .. E a Pedra Filosofal ( Cap VIII )


- CAPÍTULO OITO
O MESTRE DAS POÇÕES
Ali, olha.
- Onde?
- Ao lado do garoto alto de cabelos vermelhos.
- De óculos?
- Você viu a cara dele?
- Você viu a cicatriz?
Os murmúrios acompanharam Harry desde a hora
em que ele saiu do dormitório no dia seguinte. A
garotada que fazia fila do lado de fora das salas de aula
ficava nas pontas dos pés para dar urna espiada, ou ia e
vinha nos corredores para vê-lo duas vezes. Harry
desejou que não. Fizessem isso, porque estava tentando
se concentrar para encontrar o caminho para suas aulas.
Havia cento e quarenta e duas escadas em
Hogwarts: largas e imponentes; estreitas e precárias;
urnas que levavam a um lugar diferente às sextasfeiras;
outras com um degrau no meio que desaparecia
e a pessoa unha que se lembrar de saltar por cima.
Além disso, havia portas que não abriam a não ser que
a pessoa pedisse por favor, ou fizesse cócegas nelas no
lugar certo e portas que não eram bem portas, mas
paredes sólidas que fingiam ser portas. Era também
muito difícil lembrar onde ficavam as coisas, porque
tudo parecia mudar freqüentemente de lugar. As
pessoas nos retratos saíam para se visitar e Harry tinha
certeza de que os brasões andavam.
Os fantasmas também não ajudavam nada. Era
sempre um choque horrível quando um deles
atravessava de repente uma porta que a pessoa estava
querendo abrir. Nick Quase Sem Cabeça ficava sempre
feliz de apontar a direção certa para os alunos de
Grifinória, mas Pirraça, o
Poltergeist,
representava
duas portas fechadas
e urna escada falsa se a pessoa o encontrasse quando
estava atrasada para urna aula. Ele despejava cestas de
papéis na cabeça das pessoas, puxava os tapetes de
baixo de seus pés, acertava-as com pedacinhos de giz
ou vinha sorrateiro por trás, invisível, e agarrava-as
pelo nariz e guinchava: "PEGUEI-A PELA BICANA!'
Pior que o
Poliergest
, se é que era possível, era o
zelador, Argos Filch. Harry e Rony conseguiram
conquistar sua má vontade logo na primeira manhã,
Filch encontrou-os tentando forçar caminho por uma
porta que, por azar, era a entrada para o corredor
proibido no terceiro andar. Ele não quis acreditar que
estavam perdidos, pois tinha certeza de que estavam
tentando arrombá-la de propósito e ameaçava trancálos
nas masmorras, quando foram salvos pelo Prof.
QuirreIl, que ia passando.
Filch tinha urna gata chamada Madame Nor-r-r-a,
como quem ronrona, um bicho magro, cor de poeira,
com olhos saltados como lâmpadas, iguais aos de Filch.
Ela patrulhava os corredores sozinha. se alguém
desobedecesse a urna regra em sua presença, pusesse o
dedão do pé fora da linha, ela corria a buscar Filch, que
aparecia, asmático, em dois segundos. Filch conhecia
as passagens secretas da escola melhor do que ninguém
(exceto tal vez os gêmeos Weasley) e podia surgir de
repente como um fantasma. Os estudantes a detestavam
e a ambição mais desejada de muitos era dar um bom
pontapé em Madame Nora.
Além disso, quando a pessoa conseguia encontrar
o caminho das salas, havia as aulas em si. Mágica era
muito mais do que sacudir a varinha e dizer meia dúzia
de palavras engraçadas, como Harry logo descobriu.
Tinham de estudar o céu da noite pelo telescópio
toda quarta-feira à meia-noite e aprender os nomes das
diferentes estrelas e os movimentos dos planetas. Três
vezes por semana iam para as estufas de plantas atrás
do castelo para estudar herbologia, com um bruxo
baixo e gordo chamado Prof. Sprout, com quem
aprendiam como cuidar de todas as plantas e fungos
estranhos e descobriam para que eram usados.
Sem favor, a aula mais chata era a de História da
Mágica, a única matéria ensinada por um fantasma. O
Prof. Bins era realmente muito velho quando
adormeceu diante da lareira na sala dos professores e
levantou na manhã seguinte para dar aulas, deixando o
corpo para trás. Binns falava sem parar enquanto eles
anotavam. nomes e datas e acabavam confundindo
Emerico, o Mau, com Urico, o Esquisitão.
O prof. Flitwick, que ensinava Feitiços, era um
bruxo miudinho que tinha de subir numa pilha de livros
para enxergar por cima da mesa. No começo da
primeira aula ele pegou a pauta e quando chegou ao
nome de Harry soltou um gritinho excitado e caiu da
pilha, desaparecendo de vista.
Já a Profa. Minerva era diferente. Harry estava
certo quando pensou que ela. não era professora para
aluno nenhum aborrecer; Severa e inteligente, fez um
sermão no instante em que eles se sentaram para a
primeira aula.
- A Transfiguração é uma das mágicas mais
complexas e perigosas que vão aprender em Hogwarts.
Quem fizer bobagens na minha aula vai sair e não vai
voltar mais. Estão avisados.
- Transformou, então, a mesa em porco e de volta
em mesa. Todos ficaram muito impressionados e
ansiosos para começar mas logo perceberam que não
iam transformar os móveis em animais ainda por muito
tempo. Depois de fazerem anotações complicadas,
receberam um fósforo e começaram a tentar
transformá-lo em agulha. No fim da. aula, somente
Hermione Granger produzira algum efeito no fósforo; a
Profa. Minerva mostrou a classe como o fósforo ficara
todo prateado e pontiagudo e deu um raro sorriso à
aluna.
A matéria que todos estavam realmente
aguardando com ansiedade era a de Defesa Contra as
Artes das trevas mas as aulas de Quirrell foram uma
piada Sua sala cheirava fortemente a alho que todos
diziam que era para espantar um vampiro que ele
encontrara na Romênia e temia que viesse atacá-lo a
qualquer dia. Seu turbante, contou ele, fora presente de
um príncipe africano como agradecimento por tê-lo
livrado de um zumbi incômodo, mas os alunos não
tinham muita certeza se acreditavam na historia.
Primeiro porque, quando Simas Finnigan pediu ansioso
para QuirreIl contar como liquidara o zumbi, Quirrell
ficou vermelho
e começou a falar do tempo; segundo porque eles
repararam que havia um cheiro engraçado em volta do
turbante, e os gêmeos Weasley insistiam que devia
estar cheio de alho também, de modo que Quirrell
estava protegido em qualquer lugar.
Harry se sentiu aliviado ao descobrir que não
estava muito atrasado com relação ao resto da turma.
Muitos alunos tinham vindo de famílias de trouxas e,
como ele, não faziam idéia de que eram bruxas e
bruxos. Havia tanto para aprender que até gente como
Rony não estava tão adiantada assim.
Sexta-feira foi um dia importante para Harry e
Rony; Eles finalmente conseguiram encontrar o
caminho para o salão principal e tomar o café da manhã
sem se perder nem uma vez.
- O que temos hoje? - perguntou Harry a Rony
enquanto punha açúcar no mingau de aveia.
- Poções duplas corno pessoal da Sonserina. Snape
é diretor da Sonserina. Dizem que sempre protege eles.
Vamos ver se é verdade.
- Gostaria que Minerva nos protegesse. - A Profa.
Minerva era diretora da Grifinória, mas isso não a
impedira de dar aos seus alunos uma montanha de
dever de casa no dia anterior
Naquele instante chegou o correio. Harry agora já
se acostumara com isso, mas levara um susto na
primeira manhã quando centenas de corujas entraram
de repente no salão principal durante o café da manhã,
circulando as mesas até verem seus donos e deixarem
cair as cartas e pacotes no colo deles.
Edwiges não trouxera nada para Harry até então.
As vezes entrava para beliscar sua orelha e comer um
pedacinho de torrada antes de ir dormir no corujal com
as outras corujas da escola. Esta manhã, porém, ela
esvoaçou entre a geleia e o açucareiro e deixou cair um
bilhete no prato de Harry. Ele o abriu imediatamente.
Prezado Harry;
dizia, numa letra muito
garranchosa.
Sei que tem as tardes de sexta-feiras livres, então
será que não gostaria de vir tomar uma xícara de chá
comigo por volta das três horas? Quero saber como foi
a sua primeira semana. Mande-nos uma resposta pela
Edwiges
..
Hagrid.
Harry pediu emprestada a pena de Rony e escreveu
'Sim, gostaria, vejo você mais tarde.
"no verso do
bilhete e despachou Edwiges outra vez.
Foi uma sorte que Harry tivesse o convite de
Hagrid com que se alegrar, porque a aula de Poções foi
a pior coisa que lhe acontecera até ali
No início do banquete de abertura do ano letivo,
Harry tivera a impressão de que o Prof. Snape não
gostava dele. No final da primeira aula de Poções, ele
viu que se enganara. Não era bem que Snape não
gostava de Harry - ele o
A aula de Poções foi em uma das masmorras. Era
mais frio ali do que na parte social do castelo e teria
dado arrepios mesmo sem os animais embalsamados
flutuando em frascos de vidro nas paredes à volta.
Snape, como Flitwick, começou a aula fazendo a
chamada e, como Flitwick, ele parou no nome de
Harry..
- Ah, sim - disse baixinho. - Harry Potter. A nossa
nova
celebridade
.
Drago Malfoy e seus amigos Crabbe e Goyle
deram risadinhas escondendo a boca com as mãos.
Snape terminou a chamada e encarou a classe. Seus
olhos eram negros como os de Hagrid, mas não tinham
o calor dos de Hagrid. Eram frios e vazios e lembravam
túneis escuros.
- Vocês estão aqui para. aprender a ciência sutil e a
arte exata do preparo de poções - começou. Falava
pouco acima de um sussurro, mas eles não perderam
nenhuma palavra. Como a Profa. Minerva, Snape tinha
o dom de manter uma classe silenciosa sem esforço. -
Como aqui não fazemos gestos tolos, muitos de vocês
podem pensar que isto não é mágica. Não espero que
vocês realmente entendam a beleza de um. caldeirão
cozinhando em fogo lento, com a fumaça a. tremeluzir,
o delicado poder dos líquidos que fluem pelas veias
humanas e enfeitiçam a mente, confundem os
sentidos... Posso ensinar-lhes a engarrafar fama,
a
cozinhar glórias,
até a zumbificar
se não forem o bando
de cabeças-ocas que geralmente me mandam ensinar.
Mais silêncio seguiu-se a esse pequeno discurso.
Harry e Rony se entreolharam com as sobrancelhas
erguidas Hermione Granger estava sentada na
beiradinha da carteira e parecia desesperada para
começar a provar que não era uma cabeça-oca.
- Potter! - disse Snape de repente. - O que eu

obteria se adicionasse raiz de asfódelo em pó a uma
infusão de losna?
Raiz de quê em pó a um infusão do quê?
Harry
olhou para Rony, que parecia tão embatucado quanto
ele; a mão de Hermione se ergueu no ar.
- Não sei, não senhor - disse Harry.
À..A boca de Snape se contorceu num riso de desdém.
-Tsk, tsk, a fama pelo visto não é tudo.
E não deu atenção à mão de Hermione.
- Vamos tentar outra vez, Potter. Se eu lhe pedisse,
onde você iria buscar bezoar?
Hermione esticava sua mão no ar o mais alto que
pôde sem se levantar da carteira, mas Harry não tinha a
menor idéia do que fosse bezoar Tentou não olhar para
Malfoy, Crabbe e Goyle, que se sacudiam de tanto rir.
- Não sei, não senhor.
- Achou que não precisava abrir os livros antes de
vir, hein, Potter?
Harry fez força para continuar olhando diretamente
para aqueles olhos frios.
Folheara
os livros na casa dos
Dursley mas será que Snape esperava que ele se
lembrasse de tudo que vira em
Mil ervas e fungos
mágicos?
Snape continuava a desprezar a mão trêmula de
Hermione.
- Qual é a diferença Potter, entre acónito licoctono
e acônito lapelo?
Ao ouvir isso Herminione se levantou, a mão
esquerda em direção ao teto da masmorra.
- Não sei - disse Harry em voz baixa. - Mas acho
que Herminione sabe, porque o senhor não pergunta a
ela?
Alguns garotos riram; os olhos de Harry
encontraram os de Simas e este deu uma piscadela.
Snape, porem não gostou.
- Sente-se - disse com rispidez a Hermione. - Para sua
informação
Potter, asfódelo e losna produzem uma poção para
adormecer tão forte que é conhecida como a Poção do
Mortos Vivos. O bezoar é uma pedra tirada do
estômago da cabra e pode salvá-lo da maioria dos
venenos. Quanto aos dois acônitos são plantas do
mesmo gênero botânico. Então? Por que não estão
copiando o que estou dizendo?
Ouviu-se um ruído repentino de gente apanhando
penas e pergaminhos. E acima desse ruído a voz de
Snape:
- E vou descontar um ponto da Grifinória por sua
impertinência, Potter.
As coisas não melhoraram para os alunos da
Grifinória na continuação da aula de Poções. Snape
separou-os aos pares e mandou-os misturar uma poção
simples para curar furúnculos. Caminhava imponente
com sua longa capa negra, observando-os pesar urtigas
secas e pilar presas de cobras, criticando quase todos,
exceto Drago, de quem parecia gostar. Tinha acabado
de dizer a todos que olhassem a maneira perfeita com
que Drago cozinhara as lesmas quando um. silvo alto e
nuvens de fumaça acre e verde invadiram. a masmorra.
Neville conseguira derreter o caldeirão de Simas
transformando-o numa bolha retorcida e a poção dos
dois estava vazando pelo chão de pedra, fazendo furos
nos sapatos dos garotos. Em segundos, a classe toda
estava trepada nos banquinhos enquanto Neville, que se
encharcara de poção quando o caldeirão derreteu, tinha
os braços e as pernas cobertos de furúnculos vermelhos
que o faziam gemer de dor.
- Menino idiota! - vociferou Snape, limpando a
poção derramada com um aceno de sua varinha. -
Suponho que tenham adicionado as cerdas de porcoespinho
antes de tirar o caldeirão do fogo?
Neville choramingou quando os furúnculos
começaram a pipocar em seu nariz.
- Levem-no para a ala do hospital - Snape ordenou
a Simas. Em seguida voltou-se zangado para Harry e
Rony, que estavam trabalhando ao lado de Neville.
- Você, Potter, por que não disse a ele para não
adicionar as cerdas? Achou que você pareceria melhor
se ele errasse, não foi? Mais um ponto que você perdeu
para Grifinória.
- A injustiça foi tão grande que Harry abriu a boca
pata argumentar, mas Rony deu-lhe um pontapé por
trás do caldeirão.
- Não force a barra cochichou. Ouvi dizer que
Snape pode ser muito indigesto.
Quando subiam as escadas para sair da masmorra
uma hora depois, os pensamentos se sucediam velozes
na cabeça de Harry, que se sentia deprimido. Perdera
dois pontos para Grifinória na primeira semana - por
que Snape o odiava tanto?
- Ânimo - disse Rony - Snape está. sempre tirando
pontos de Fred e Jorge. Posso ir com você a casa de
Rúbeo?
As cinco para as três eles saíram do castelo e
atravessaram a propriedade. Hagrid morava numa
casinha de madeira na orla da floresta proibida. Uma
besta e um par de galochas estavam à porta da casa.
Quando Harry, bateu à porta eles ouviram uma
correria frenética e latidos ferozes. Depois, a voz de
Hagrid dizendo:
-
Para trás,
Canino
Atrás.
-
A
cara barbuda de Hagrid apareceu na fresta
quando a porta se abriu.
- Espere aí.
Para trás,
Canino.
Ele os fez entrar, lutando para segurar com firmeza
a coleira de um enorme cão de caçar javalis.
Havia apenas um aposento na casa. Presuntos e
faisões pendiam do teto, uma chaleira de cobre fervia
ao fogão e a um canto havia uma cama maciça coberta
com urna colcha de retalhos.
- Estejam à vontade - falou Hagrid, soltando
Canino, que pulou imediatamente para cima de Rony e
começou a lamber-lhe as orelhas. Como Hagrid,
parecia óbvio que Canino não era tão feroz quanto se
esperava.
- Este é o Rony - Harry disse a Hagrid, que fora
despejar água fervendo num grande bule de chá e
arrumar biscoitos num prato.
- Mais um Weasley, hem? - exclamou Hagrid
vendo as sardas de Rony; - Passei metade da vida
expulsando seus irmãos da floresta.
Os biscoitos quase quebraram os dentes deles, mas
Harry e Rony fingiram gostar e contaram a Hagrid
como tinham sido as primeiras aulas. Canino descansou
a cabeça no colo de Harry e cobriu as vestes dele de
baba.
Harry e Rony ficaram contentes de ouvir Hagrid
chamar Filch de guitarra velha".
Quanto àquela gata, Madame Nora, às vezes eu
tenho vontade de apresentar o Canino a ela. Sabe que
todas as vezes que vou até a escola ela me segue por
toda parte? Não consigo me livrar da gata. É Filch que
manda ela fazer isso.
Harry contou a Hagrid a aula de Snape. Hagrid,
como Rony; disse a Harry que não se preocupasse, que
Snape não gostava praticamente de nenhum aluno.
- Mas ele parecia que realmente me
odiava..
- Bobagem! Por que o odiaria?
Mas Harry não pôde deixar de pensar que Hagrid
evitou encará-lo quando disse isso.
- Como vai seu irmão Carlinhos? - perguntou
Hagrid a Rony. - Eu gostava muito dele. Tinha
muito jeito com animais.
Harry se perguntou se Hagrid teria mudado de
assunto de propósito. Enquanto Rony contava tudo
sobre o trabalho de Carlinhos com dragões, Harry
apanhou um pedaço de papel que estava na mesa sob o
abafador de chá. Era uma noticia recortada do
Profeta
Diário.
O CASO GRINGOTES
Prosseguem as investigações sobre o
arrombamento de Gringotes, ocorrido em 31 de julho,
que se acredita ter sido trabalho de bruxos e bruxas
das Trevas desconhecido.
Os duendes de Gringotes insistiam hoje que nada
foi roubado. O cofre aberto na realidade fora
esvaziado mais cedo naquele dia.
"Mas não vamos dizer o que havia dentro, para
que ninguém se meta, se tiver juízo", disse um portavoz
esta tarde.
Harry lembrou-se que Rony lhe contata no trem
que alguém tentara roubar Gringotes, mas não
mencionara a data.
- Rúbeo! - exclamou Harry. - Aquele
arrombamento de Gringotes aconteceu no dia do meu
aniversário! Talvez estivesse acontecendo enquanto a
gente estava lá!
Não havia a menor dúvida, desta vez Hagrid
decididamente evitara encarar Harry. Resmungou
alguma coisa e lhe ofereceu mais um biscoito. Harry
releu a notícia
O cofre aberto na realidade fora
esvaziado mais cedo naquele dia.
Hagrid esvaziara o
cofre setecentos e treze, se é que se podia chamar
esvaziar alguém levar aquele pacotinho encalombado
Seria aquilo que os ladrões estavam procurando?
Quando Harry e Rony voltaram ao castelo para
jantar, tinham os bolsos pesados com os biscoitos que a
educação os impedira de recusar. Harry pensou que
nenhuma das aulas a que assistira até ali tinha lhe dado
tanto o que pensar quanto o chá com Rúbeo Hagrid
Será que Hagrid tinha apanhado o pacote bem na hora?
Onde estava o pacote agora? Será que ele sabia alguma
coisa de Snape que não queria contar a Harry?

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