quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Harry Potter .. E a Pedra Filosofal ( Cap X )


- CAPÍTULO DEZ -
O Dia das Bruxas
Drago não consegui acreditar em seus olhos
quando viu que Harry e Rony continuavam
em Hogwarts no dia seguinte, parecendo
cansados mas absolutamente felizes. De
fato, na manhã seguinte Harry e Rony
começaram a achar que o encontro com o
cachorro de três cabeças fora uma
excelente aventura e estavam prontos para
outra. Entrementes Harry contou a Rony
sobre o pacotinho que parecia ter sido
levado de Gringotes para Hogawarts, e
passaram muito tempo pensando no que
poderia precisar de tanta proteção.
- Ou é uma coisa realmente valiosa ou realmente
perigosa falou Rony.
- Ou as duas - acrescentou Harry.
Mas como só o que sabiam com certeza sobre o
misterioso objeto era que media uns cinco centímetros
de comprimento, não tinham muita possibilidade de
adivinhar o seu conteúdo sem outras pistas.
Nem Neville nem. Hermione mostraram o menor
interesse pelo que estava sob os pés do cachorro e do
alçapão. Neville só estava interessado em quando fria
chegar perto do cachorro outra vez.
Hermione agora se recusava a falar com Harry e
Rony, mas era uma menina tão mandona e metida a
saber de tudo que eles encararam sua atitude como um
prêmio. Agora só que realmente queriam era descobrir
um jeito de se vingar do Drago, e para sua grande
satisfação, a oportunidade chegou pelo correio mais ou
menos urna semana depois.
Quando as corujas invadiram o salão como de
costume, a atenção de todos foi atraída por um longo
pacote carregado por seis corujonas. Harry sentiu tanta
curiosidade quanto os outros para ver o que havia no
pacote e se surpreendeu quando as corujas desceram
planando e o largaram bem diante dele, derrubando o
seu bacon no chão. Mal tinham se afastado quando
outra coruja deixou cair uma carta em cima do pacote.
Harry abriu a carta primeiro, o que foi urna sorte,
porque ela dizia;
NÃO ABRA O PACOTE À MESA.
Ele contem a sua nova Nimbus
2000
mas não quero que todo o mundo saiba que
você
ganhou uma vassoura ou todos vão querer
uma.
Olívio Wood vai esperá-lo hoje à noite
as sete horas no campo de quadribol
para a sua primeira sessão de treinamento.
Profa. Minerva McGonagall
Harry teve dificuldade em esconder a alegria
quando passou o bilhete para Rony ler.
- Uma Nimbus 20()0! - Rony gemeu de inveja. -
Eu nunca nem pus
a mão
em uma.
Os dois saíram depressa do salão, querendo
desembrulhar a vassoura sozinhos antes da primeira
aula, mas no meio do saguão de entrada encontraram o
caminho barrado por Crabbe e Goyle. Drago tirou o
pacote de Harry e apalpou-o.
- E uma vassoura - falou, atirando-o de volta a
Harry com uma expressão de inveja e despeito no
rosto. - Você vai se ferrar desta vez, Potter; alunos do
primeiro ano não podem ter vassouras.
Rony não conseguiu resistir.
- Não é uma vassoura velha qualquer, é urna
Nimbus 2000.
Que foi que você disse que tem em casa, Drago,
uma Comet 260?
- Rony riu para Harry - A Comer enche
os olhos, mas não tem a mesma classe da
Nimbus.
- Que é que você entende disse? Weasley, você
não poderia comprar nem a metade do cabo. Vai ver
você e seus irmãos têm que economizar para comprar
palha por palha.
Antes que Rony pudesse responder; o professor
Flitwick apareceu ao lado de Drago.
-- Não estão brigando, meninos, espero - falou com
voz esganiçada.
- Potter recebeu uma vassoura, professor - disse
Drago, depressa.
- Eu sei - respondeu o professor Flitwick, abrindo
um grande sorriso para Harry. - A. Profa. Minerva me
falou das circunstâncias especiais, Potter. E qual é o
modelo?
- Uma Nimbus 2000, professor - informou Harry,
lutando para não rir da expressão horrorizada no rosto
de Drago. - E, para falar a verdade, foi graças ao Drago
aqui que ganhei a vassoura acrescentou.
Harry e Rony subiram as escadas sufocando o riso
diante da raiva e confusão visíveis de Drago.
- É verdade - disse Harry, caindo na gargalhada,
quando chegaram ao alto da escadaria de mármore. - Se
ele não tivesse roubado o lembrol do Neville eu não
estaria no time,
Antes que Rony pudesse responder; o professor
Flitwick apareceu ao lado de Drago.
-- Não estão brigando, meninos, espero - falou com
voz esganiçada.
- Potter recebeu uma vassoura, professor - disse
Drago, depressa.
- Eu sei - respondeu o professor Flitwick, abrindo
um grande sorriso para Harry. - A. Profa. Minerva me
falou das circunstâncias especiais, Potter. E qual é o
modelo?
- Uma Nimbus 2000, professor - informou Harry,
lutando para não rir da expressão horrorizada no rosto
de Drago. - E, para falar a verdade, foi graças ao Drago
aqui que ganhei a vassoura acrescentou.
Harry e Rony subiram as escadas sufocando o riso
diante da raiva e confusão visíveis de Drago.
- É verdade - disse Harry, caindo na gargalhada,
quando chegaram ao alto da escadaria de mármore. - Se
ele não tivesse roubado o lembrol do Neville eu não
estaria no time,

Antes que Rony pudesse responder; o professor
Flitwick apareceu ao lado de Drago.
-- Não estão brigando, meninos, espero - falou com
voz esganiçada.
- Potter recebeu uma vassoura, professor - disse
Drago, depressa.
- Eu sei - respondeu o professor Flitwick, abrindo
um grande sorriso para Harry. - A. Profa. Minerva me
falou das circunstâncias especiais, Potter. E qual é o
modelo?
- Uma Nimbus 2000, professor - informou Harry,
lutando para não rir da expressão horrorizada no rosto
de Drago. - E, para falar a verdade, foi graças ao Drago
aqui que ganhei a vassoura acrescentou.
Harry e Rony subiram as escadas sufocando o riso
diante da raiva e confusão visíveis de Drago.
- É verdade - disse Harry, caindo na gargalhada,
quando chegaram ao alto da escadaria de mármore. - Se
ele não tivesse roubado o lembrol do Neville eu não
estaria no time,
Antes que Rony pudesse responder; o professor
Flitwick apareceu ao lado de Drago.
-- Não estão brigando, meninos, espero - falou com
voz esganiçada.
- Potter recebeu uma vassoura, professor - disse
Drago, depressa.
- Eu sei - respondeu o professor Flitwick, abrindo
um grande sorriso para Harry. - A. Profa. Minerva me
falou das circunstâncias especiais, Potter. E qual é o
modelo?
- Uma Nimbus 2000, professor - informou Harry,
lutando para não rir da expressão horrorizada no rosto
de Drago. - E, para falar a verdade, foi graças ao Drago
aqui que ganhei a vassoura acrescentou.
Harry e Rony subiram as escadas sufocando o riso
diante da raiva e confusão visíveis de Drago.
- É verdade - disse Harry, caindo na gargalhada,
quando chegaram ao alto da escadaria de mármore. - Se
ele não tivesse roubado o lembrol do Neville eu não
estaria no time,
- Então suponho que você ache que ganhou um
prêmio por desobedecer ao regulamento? - Ouviu-se
uma voz zangada logo atrás deles. Hermione subia com
passos decididos a escadaria, olhando com
desaprovação para o pacote nas mãos de Harry.
- Pensei que você não estava falando com a gente -
comentou Harry
- E, continue a não falar - falou Rony - está
fazendo tanto bem á gente.
Hermione se afastou como nariz empinado.
Harry teve muita dificuldade em se concentrar nas
aulas daquele dia. Seus pensamentos não paravam de
vagar até o dormitório onde guardara a vassoura
debaixo da cama, ou de se desviarem para o campo de
quadribol onde iria aprender a jogar Jantou depressa á
noite, sem ao menos reparar no que estava comendo e,
em seguida, correu até o quarto com Rony para
finalmente desembrulhar a Nimbus 2000.
- Uau - suspirou Rony; quando a vassoura
apareceu na cama de Harry.
Até Harry, que não entendia nada de vassouras e
suas diferenças, achou que a Nimhus tinha uma
aparência fantástica. Aerodinâmica e reluzente com um
cabo de mogno, a vassoura tinha uma longa cauda de
palhas limpas e retas e a marca Nimbus 2000 escrita a
ouro próximo ao punho.
Quando eram quase sete horas, Harry saiu do
castelo e se dirigiu ao campo de quadribol no luscofusco.
Nunca estivera no estádio antes. Havia centenas
de lugares em uma arquibancada em volta do campo de
modo que os espectadores viam o que acontecia do
alto. Em cada ponta do campo havia três balizas
douradas com aros no topo. lembraram a Harry os
canudinhos de plástico que as crianças trouxas usavam
para soprar bolinhas de sabão, só que tinham mais de
15 metros de altura.
Ansioso demais para esperar Olívio sem voar,
Harry montou a vassoura e deu um impulso. Que
sensação - ele mergulhou pelas balizas, subiu e desceu
pelo campo. A Nimbus 2000 ia aonde ele queria ao
menor toque.
-Ei, Potter, desça!
Olívio Wood chegara. Carregava uma grande caixa
de madeira debaixo do braço. Harry pousou ao lado
dele.
- Muito bom - comentou Alivio, os olhos
brilhando. - Estou vendo o que foi que Minerva quis
dizer.. você realmente tem um talento natural. Hoje à
noite só vou lhe ensinar as regras do jogo, depois você
vem aos treinos do time três vezes por semana.
Ele abriu a caixa. Dentro havia quatro bolas de
tamanhos diferentes.
- Certo - disse Olívio. - O quadribol é muito fácil
de entender, mesmo que não seja fácil de jogar. Tem
sete jogadores de cada lado. Três deles são artilheiros.
- Três artilheiros - Harry repetiu, enquanto Olívio
apanhava uma bola muito vermelha do tamanho
aproximado de uma bola de futebol.
- Esta bola se chama goles - explicou Olívio. - Os
artilheiros atiram a goles um para o outro e tentam
metê-la em um dos aros
para marcar um gol Dez pontos todas as vezes
que a goles passa por um dos arcos. Está me
acompanhando?
- Os artilheiros atiram a goles pelos aros para
marcar pontos
- repetiu Harry - Então é como um
basquete com seis cestas e vassouras, não
é?
- O que é basquete? - perguntou Olívio curioso.
- Deixa prá lá - disse Harry na mesma hora.
- Agora, tem outro jogador, um para cada lado, que
é chamado goleiro. Eu sou o goleiro de Grifinória.
Tenho que voar em volta dos aros para impedir que o
outro time marque pontos.
- Três artilheiros, um goleiro - disse Harry, que
estava decidido a decorar tudo - E jogam uma goles
OK, entendi. E essas para que servem? - Apontou para
as três bolas restantes na caixa.
- Vou lhe mostrar agora. Segure aqui.
Ele entregou um pequeno bastão a Harry, meio
parecido com um bastão de beisebol.
- Vou lhe mostrar o que os balaços fazem. Essas
duas aqui são os balaços.
E mostrou a Harry duas bolas iguais, pretas e
ligeiramente menores do que a goles vermelha. Harry
reparou que elas pareciam estar fazendo força para se
livrar das corretas que as prendiam na caixa.
- Fique longe - Olívio preveniu Harry. Ele se
curvou e soltou um dos balaços.
Na mesma hora, a bola preta saiu voando e em
seguida desceu direto contra o rosto de Harry. Harry
golpeou-a como bastão para impedi-la de quebrar o seu
nariz e mandou-a ziguezagueando para longe - ela
passou veloz pelas cabeças deles e, em seguida, atirouse
contra Olívio, que mergulhou sobre ela e conseguiu
imobiliza-la no chão.
- Está vendo? - Olívio ofegou, forçando o balaço
indócil de volta à caixa e passando a correia para
prendê-lo. - Os balaços voam pelo ar tentando derrubar
os jogadores das vassouras. E por isso que tem dois
batedores em cada time. Os gêmeos Weasley são os
nossos. A função deles é proteger o time dos balaços e
tentar rebatê-los para o outro time. Então, acha que
guardou tudo?
- Três artilheiros tentam marcar pontos com a
goles; o goleiro guarda as balizas; os batedores afastam
os balaços do seu time
- Harry repetiu como um gravador
Muito bem.
- Hum... os balaços já mataram alguém? -
perguntou Harry, esperando parecer displicente.
- Nunca em Hogwarts. Já tivemos uns queixos
quebrados mas nada mais serio. Agora, o último
membro da equipe é o apanhador Você. E você não
tem que se preocupar com a goles nem com os balaços.
- A não ser que rachem. a minha cabeça.
- Não se preocupe, os Weasley são uma parada
para os balaços: quero dizer, eles parecem uns balaços
humanos.
Olívio meteu a mão no caixote e tirou a quarta e
última bola. Comparada com a goles e os balaços, era
pequenininha, mais ou menos do tamanho de uma noz.
Era de ouro polido e tinha asinhas de prata que se
agitavam.
- Esta
é o pomo de ouro, e é a bola mais
importante de todas. É muito difícil de se apanhar
porque é veloz e pouco visível. A função dos
apanhadores é agarrá-la. Eles têm que se meter entre os
artilheiros, batedores, balaços e a geles para agarrá-lo
antes do apanhador do time contrário, porque o
apanhador que agarra o pomo ganha para o seu time
mais cento e cinqüenta pontos, o que praticamente lhe
dá a vitória. É por isso que os apanhadores levam
tantas faltas. Um jogo de quadribol só termina quando
o pomo é apanhado, o que pode demorar urna
eternidade. Acho que o recorde é três meses. e
precisaram arranjar substitutos para os jogadores
poderem dormir um pouco - explicou Olívio - Ë isso aí
alguma pergunta?
Harta sacudiu a cabeça. Compreendeu muito bem
o que tinha de fazer . Fazer é que ia ser o problema.
- Não vamos praticar com o pomo - disse Olívio,
guardando-o cuidadosamente de volta na caixa. - Está
escuro demais e poderíamos perdê-lo. Vamos
experimentar com outras bolas.
E tirou do bolso um saco de bolas comuns de golfe
e alguns minutos depois ele e Harry estavam no ar,
Olívio atirando as bolas com toda a força para todos os
lados e Harry apanhando-as.
Harry não perdeu nenhuma, e Olívio ficou
encantado. Passou-se meia hora, a noite chegou e eles
não puderam continuar.
Aquela taça de quadribol terá o nosso nome este
ano disse Olívio feliz quando voltavam cansados ao
castelo. Eu não me espantaria se você se saísse melhor
que Carlinhos, e ele poderia ter jogado na seleção da
Inglaterra se não tivesse ido embora caçar dragões.
Talvez fosse porque agora andava muito ocupado
com o treino de quadribol três noites por semana além
dos deveres de casa, mas Harry nem acreditou quando
se deu conta de que já estava em Hogwarts havia dois
meses. O castelo parecia mais sua casa do que a casa da
tia dos Alfeneiros. As aulas, também, estavam se
tornando cada dia mais interessantes, agora que
dominara os conhecimentos básicos.
Na manhã do Dia das Bruxas eles acordaram com
um delicioso cheiro de abóbora assada que se
espalhava pelos corredores. E, o que era ainda melhor,
o Prof. Flitwick anunciou na aula de Feitiços que, em
sua opinião, os alunos estavam prontos para começar a
fazer objetos voarem, uma coisa que andavam
morrendo de vontade de experimentar desde que viram
o professor fazer o sapo de Neville sair voando pela
sala. O Prof. Flitwick dividiu a turma em pares para
praticar O parceiro de Harry foi Simas Finnigan (um
alivio, porque Neville tinha tentado atrair sua atenção).
Mas Rony teria que trabalhar com Hermione Cranger
Era difícil dizer se era Rony ou Hermione que estava
mais aborrecido com isso. Ela não falava com nenhum
dos dois desde o dia em que a vassoura de Harry
chegara.
- Agora, não se esqueçam daquele movimento com
o pulso que praticamos! - falou esganiçado o Prof.
Flitwick, como sempre empoleirado no alto da pilha de
livros. - Gira e sacode, lembrem-se, gira e sacode. E
digam as palavras mágicas corretamente, é muito
importante, também, lembrem-se do bruxo Barrufo,
que disse "s" em vez de "f" e quando viu estava no
chão com um búfalo em cima do peito.
Era muito difícil. Harry e Simas giraram e
sacudiram o pulso, mas a pena que deviam mandar para
o alto continuava parada em cima da mesa. Simas ficou
tão impaciente que a empurrou com a
varinha e tocou fogo nela - Harry teve que apagar o fogo
cora o chapéu>
Rony; na mesa ao lado, não estava tendo muita
sorte.
-Vingardium lenviosa.-
ordenou, sacudindo
os braços compridos como pás de moinho.
- Você está dizendo o feitiço errado
- Harry ouviu Hermione corrigir
aborrecida. - É
ving-gar-dium levi-o-as
é bem pronunciado e longo.
- Diz você então, que é tão
sabichona - retrucou Rony.
Hermione enrolou as mangas das
vestes, bateu a varinha e disse:
- Vingardium leviosa.
A pena se ergueu da mesa e pairou
a mais de um metro acima da cabeça deles.
- Ah, muito bem! - exclamou o
professor Flitwich, batendo palmas. -
Pessoal, olhe aqui, a Hermione Granger
conseguiu!
Rony estava de muito mau humor
na altura em que a aula terminou.
- Não admira que ninguém suporte ela -
disse a Harry quando procuravam chegar ao
corredor. - Francamente, ela é um pesadelo.
Alguém deu tini esbarrão em Harry ao
passar. Era Hermione. Harry viu seu rosto
de relance - e ficou assustado ao ver que da
estava chorando.
- Acho que ela ouviu o que você disse.
- E dai! - mas pareceu meio sem graça. - Ela já
deve ter reparado que não tem amigos.
Hermione não apareceu na aula seguinte
e ninguém a viu a tarde inteira.
Ao descaem ao salão principal para a
festa das bruxas, Harry e Rony ouviram
Parvati contar à amiga Lilá que Hermione
estava chorando no banheiro das meninas e
queria que a deixassem em paz. Rony ficou
ainda mais sem graça ao ouvir isso, mas no
momento seguinte entraram no salão
principal, onde as decorações
do Dia das Bruxas tiraram Hermione de suas cabeças.
Mil morcegos vivos esvoaçavam nas
paredes e no teto e outros mil mergulhavam
sobre as mesas em nuvens negras e baixa,
fazendo dançarem as velas dentro das
abóboras. A comida apareceu de repente nos
pratos de ouro, como acontecera no
banquete de abertura das aulas.
Harry estava se servindo de urna batata assada em
casca quando o Prof. Quirrell entrou correndo no salão,
o turbante torto na cabeça e o terror estampado no
rosto. Todos olharam quando ele se aproximou da
cadeira de Dumbledore, escorou-se na mesa e ofegou
- Trasgo.. nas masmorras... achei que devia lhe
dizer Em seguida desabou no chão desmaiado. Houve
um alvoroço. Foi preciso explodirem várias bombinhas
da ponta da varinha do Prof. Dumbledore para as
pessoas fazerem silêncio.
- Monitores - disse ele com voz grave e retumbante
-, levem os alunos de suas casas de volta aos
dormitórios, imediatamente!
Era com Percy mesmo.
- Me acompanhem! Fiquem juntos, alunos do
primeiro ano! Não precisam ter medo do trasgo se
seguirem as minhas ordens! Agora fiquem bem atrás de
mim. Abram caminho para os alunos do primeiro ano
passarem! Com licença, sou o monitor!
- Como é que um trasgo pode entrar? - perguntou
Harry enquanto subiam a escadaria.
- Não me pergunte, dizem que eles são bem burros
- respondeu Rony - Vai ver o Pirraça deixou ele entrar
para pregar uma peça no Dia das Bruxas.
Eles passaram por diferentes grupos de pessoas
que se apressavam em diferentes direções. Enquanto
lutavam para passar por um bolinho de alunos de Lufalufa,
Harry de repente agarrou o braço de Rony.
- Acabei de me lembrar da Hermione.
- O que tem ela?
- Ela não sabe que tem um trasgo aqui.
Rony mordeu o lábio.
- Ah, está bem - falou ríspido. - Mas é melhor
Percy não ver a gente.
Abaixando-se, eles se misturaram aos alunos de
Lufa-lufa que
iam na direção contrária, escapuliram por um lado
deserto do corredor e correram para os banheiros das
meninas. Tinham acabado de virar um canto quando
ouviram passos apressados atrás deles.
- Percy! - sibilou Rony; puxando Harry
para trás de um enorme grifo de pedra.
Espiando para os lados, no entanto,
viram não Percy mas Snape. Ele atravessou
o corredor e desapareceu de vista.
- Que é que ele está fazendo? - cochichou Harry; -
Por que não está lá embaixo com os outros
professores?
- Não me pergunte.
O mais silenciosamente possível, eles se
esgueiraram pelo próximo corredor nas
pegadas de Snape.
- Ele está indo para o terceiro andar -
disse Harry, mas Rony levantou a mão.
- Você está sentindo um cheiro?
Harry fungou e um fedor horrível invadiu suas
narinas, uma mistura de meias velhas e banheiro
público que parece que nunca é limpo.
E em seguida ouviram - um grunhido
baixo e passadas de pés gigantescos. Rony
apontou. no fim do corredor, à esquerda,
alguma coisa enorme estava vindo em
sentido contrário. Eles se encolheram no
escuro e procuraram ver o que era quando a
coisa passou por um trecho iluminado pelo
luar.
Era uma visão medonha. Quase quatro
metros de altura, a pele cinzenta e baça, o
corpanzil cheio de calombos como um
pedregulho e uma cabecinha no alto, que
mais parecia um coco. Tinha pernas curtas,
grossas como um tronco de árvore e pés
chatos e calosos. Segurava um enorme
bastão de madeira, que arrastava pelo chão,
porque seus braços eram compridíssimos.
O trasgo parou próximo a uma porta e
espiou para dentro. Abanou as longas
orelhas, tentando fazer a cabeça minúscula
pensar, depois entrou devagar na sala.
- A chave está na porta - murmurou
Harry - Podíamos trancá-lo lá dentro.
-
Boa idéia - concordou Rony; nervoso.
Eles se esgueiraram até a porta aberta, as bocas
secas, rezando para o trasgo não resolver sair naquele
instante. Com um grande salto, Harry conseguiu
agarrar a chave, bater a porta e trancá-la seguramente.
-
Pronto!
Afogueados com a vitória, começaram a correr de
volta pelo corredor, mas ao chegarem num canto
ouviram uma coisa que
fez
seus corações pararem - um
grito alto e enregelante - e vinha da sala que tinham
acabado de trancar.
- Ah, não - exclamou Rony; pálido como o barão
Sangrento.
- Vêm do banheiro das meninas.
-
Hermione!-
disseram os dois juntos.
Era a ultima coisa que queriam fazer, mas que
escolha tinham? Dando meia-volta, correram até a
porta e giraram a chave, atrapalhados de tanto pânico -
Harry escancarou aporta e entraram correndo.
Hermione estava encolhida contra a parede oposta,
parecendo prestes a desmaiar. O trasgo avançava para
ela, derrubando as pias que estavam na parede em seu
caminho.
- Distrai ele!- Harry pediu desesperado a Rony; e,
agarrando uma torneira, atirou-a com toda a força
contra a parede.
O trasgo parou a um metro de Hermione. Virou-se
com lentidão, piscando sem entender, procurou ver que
barulho era aquele. Seus olhinhos malvados viram
Harry. Ele hesitou, em seguida partiu para cima de
Harry; erguendo o bastão.
- Oi cabeça de ervilha! - berrou Rony do outro lado
do banheiro, e atirou contra ele um cano de metal. O
trasgo nem pareceu sentir o cano bater no seu ombro,
mas ouviu o berro e parou outra vez, virando o focinho
feio para Rony; e dando a Harry tempo para correrem
volta dele.
- Vamos, corra, corra!- Harry gritou para
Hermione, tentando puxá-la na direção da porta, mas
ela não conseguia se mexer, continuava achatada contra
a parede, a boca aberta de terror.
Os gritos e os ecos pareciam estar deixando o
trasgo enlouquecido. Ele rugiu de novo e avançou para
Rony; que estava mais perto e não tinha jeito de
escapar.
Harry então fez uma coisa que era ao mesmo
tempo muito
corajosa e muito idiota: tomou impulso e deu um salto
conseguindo abraçar o pescoço do trasgo pelas costas.
O trasgo não sentiu Harry pendurar-se ali, mas até um
trasgo percebe quando se espeta um pedaço comprido
de pau dentro da narina, e a varinha de Harry ainda
estava na mão quando ele saltou e entrou direto na
narina do trasgo.
Urrando de dor, o trasgo se virou e brandiu o
bastão, enquanto Harry continuava agarrado nele
tentando escapar da morte; a qualquer instante, o trasgo
ia arrancá-lo do pescoço ou dar-lhe uma tremenda
porretada.
Hermione afundara no chão de tanto medo; Rony
puxou a própria varinha sem saber o que ia fazer,
ouviu-se gritando o primeiro feitiço que e veio a
cabeça:
Vingardium leviosa!
Na mesma hora o bastão voou da mão do trasgo,
ergueu-se no ar, foi subindo, subindo, virou-se
lentamente e caiu, com um barulho feio, na cabeça do
seu dono. O trasgo cambaleou e, em seguida, caiu de
cara no chão, com um baque que fez o banheiro todo
sacudir
Harry se levantou. Tremia sem fôlego. Rony
continuava parado com a varinha no ar, espantado
como que fizera.
Foi Hermione quem falou primeiro.
- Ele esta... morto?
Acho que não respondeu Harry. Acho que só
perdeu os sentidos.
Ele se abaixou e puxou a varinha da narina do
trasgo. Estava suja de uma coisa que parecia uma cola
grumosa.
- Eca... meleca de trasgo.
E limpou a varinha nas calças do trasgo.
De repente o barulho de portas batendo e passos
pesados fizeram os três erguerem a cabeça. Não
haviam percebido a confusão que tinham aprontado,
mas com certeza alguém lá embaixo ouvira a
pancadaria e os urros do trasgo. Um instante depois a
Profa. Minerva adentrou o banheiro, seguida de perto
por Filch e Quirrell, que fechava a fila. Quirrell deu
uma espiada no trasgo, soltou um gemidinho e sentouse
depressa em um vaso sanitário, apertando o peito.
Filch debruçou-se sobre o trasgo. A Profa.
Minerva ficou
o para Rony e Harry. Harry nunca a vira tão zangada Seus
lábios estavam brancos. A esperança de ganhar
cinqüenta pontos para Grifinória desapareceu logo da
cabeça de Harry.
- O que é que vocês estavam pensando? perguntou
a Profa. Minerva, com uma fúria reprimida na voz,
Harry olhou para Rony, que continuava parado com a
varinha no ar. Vocês tiveram sorte de não serem
mortos. Por que é que não estão no dormitório?
Filch lançou a Harry um olhar rápido e penetrante.
Harry olhou para o chão. Desejou que Rony baixasse a
varinha.
Então ouviu-se uma vozinha que veio das sombras.
- Por favor, Profa., Minerva, eles vieram me
procurar.
- Senhorita Granger!
Hermione conseguira finalmente se levantar.
- Sai procurando o trasgo porque achei que podia
enfrentá-lo sozinha. Sabe, já li tudo sobre trasgos.
Rony deixou a varinha cair. Hermione Granger,
contando uma mentira deslavada a um professor?
- Se eles não tivessem me encontrado eu estaria
morta agora. Harry enfiou a varinha no narina do trasgo
e Rony derrubou ele com o próprio bastão. Não tiveram
tempo de chamar ninguém. O trasgo ia acabar comigo
quando eles chegaram.
Harry e Rony tentaram fingir que a história não era
novidade para eles.
- Bem... nesse caso... - disse a Profa. Minerva
encarando os três -, senhorita Granger, que bobagem,
como pôde pensar em enfrentar um trasgo montanhês
sozinha?
Hermione baixou a cabeça. Harry perdera a fala.
Hermione era a última pessoa do mundo que
desobedeceria ao regulamento e ali estava fingindo que
desobedecera, para tirá-los de uma enrascada. Era o
mesmo que o Snape começar a distribuir balinhas.
- Hermione Granger, Grifinória vai perder cinco
pontos por isso - disse a Profa. Minerva. - Estou muito
desapontada. Se não estiver machucada é melhor ir 
embora para a torre de Grifinória. Os alunos estão
acabando de festejar o Dia das Bruxas em suas casas.
Hermione se retirou.
A Profa. Minerva virou-se para Harry e Rony.
Bem, eu continuo achando que vocês tiveram
sorte, mas não há muitos alunos do primeiro ano que
pudessem enfrentar um trasgo montanhês adulto. Cada
um de vocês ganha cinco pontos para Grifinória. O
Prof. Dumbledore será informado. Podem ir.
Eles saíram depressa do banheiro e não
falaram nada até subirem dois andares. Foi
um alivio se afastarem do fedor do trasgo,
para não falar do resto.
- Devíamos ter ganho mais de dez pontos -
resmungou Rony
- Cinco,. você quer dizer, depois de descontar os
pontos que Hermione perdeu.
- Foi legal ela ter-nos tirado do aperto -
admitiu Rony - Mas não se esqueça,
salvamos a
vida dela.
- Talvez ela não precisasse ser salva se não
tivéssemos trancado a coisa com ela - lembrou Harry.
Tinham chegado ao retrato da Mulher Gorda.
- Focinho de porco - disseram e entraram..
A sala comunal estava cheia e barulhenta. Todo o
mundo estava comendo o jantar que fora mandado para
lá. Hermione, porém, estava parada sozinha do lado da
porta, esperando por eles. Houve um silêncio
constrangido. Depois, sem se olharem, todos disseram
"Obrigado" e correram para apanhar os pratos.
Mas daquele momento em diante, Hermione
Granger tornou-se amiga dos dois. Há coisas que não
se pode fazer junto sem acabar gostando um do outro, e
derrubar um trasgo montanhês de quase quatro metros
de altura é uma dessas coisas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário